O comércio chinês com o Brasil resistiu à pandemia de Covid-19 no primeiro trimestre do ano e até aumentou nos casos de Cabo Verde e Timor Leste. No entanto, as trocas com os demais países de língua portuguesa (PSC) caíram acentuadamente no primeiro trimestre do ano.
Segundo dados da China Customs, agora divulgados, o comércio de mercadorias entre a China e os PSCs atingiu US $ 31,968 bilhões no período de janeiro a março de 2020. Representou um declínio de 5,13% ano a ano.
Os PSCs venderam bens no valor de US $ 23,227 bilhões para a China nos primeiros três meses de 2020 – um declínio de 5,15% ano a ano. O valor das exportações de mercadorias da China para esses países atingiu US $ 8,741 bilhões no mesmo período, uma queda de 5,08% em relação ao ano anterior, segundo dados oficiais chineses.
O Brasil continua sendo o principal parceiro da China entre os PSCs, com US $ 24,72 bilhões no primeiro trimestre de 2020, 1,16% a menos que no mesmo período de 2019. As exportações e importações chinesas do Brasil caíram ligeiramente, US $ 7,219 bilhões e US $ 17,50 bilhões.
O comércio com Angola caiu 16%, para US $ 5,35 bilhões até março, com as importações (principalmente petróleo) caindo b7 17%. As trocas com Portugal caíram quase 14%, para US $ 1,36 bilhão.
O comércio chinês com Moçambique teve um dos desempenhos mais negativos entre os PSCs, caindo 26%, para US $ 476 milhões, enquanto o comércio com São Tomé e Príncipe caiu quase 49%. As trocas com a Guiné-Bissau foram quase 16% abaixo do ano passado.
As balanças comerciais com melhor desempenho foram as de Cabo Verde e Timor Leste: no primeiro caso, subindo quase 9% (para US $ 13,4 milhões) devido ao aumento das exportações e, no segundo caso, subindo quase 10%, para US $ 26,9 milhões, devido a um aumento de 344% nas importações.
Sobre o autor